sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A verdade sobre a dívida externa


Em 21/02/2008 O banco Central do Brasil e o Ministério da Fazenda divulgaram e alardearam para os quatro cantos do Mundo que o Brasil entrava em uma nova era.

O Estadão do dia 22/02/2008 dizia:
O relatório divulgado ontem  pelo Banco Central, segundo o qual o Brasil pela primeira vez em 508 anos de história, deixa o papel de devedor e ingressa no seleto time dos credores no mercado internacional, é a consolidação de uma vira histórica”.

O Globo na mesma data trouxe o seguinte:
 “ Sem a adoção de nenhuma das  propostas históricas do PT ( moratória, auditoria ou plebiscito)  a dívida externa deixou de ser oficialmente um peso na economia brasileira”.

Por si só, o anúncio repercutido na Imprensa nos levou à crer que o Sr. Lula conseguiu erradicar o maior monstro que impedia o crescimento do Brasil e a melhoria de vida dos Brasileiros. A Dívida externa estava paga!

 Ocorre, porém que  essa é mais uma inverdade plantada e difundida pelos atuais donos do poder.

Vamos aos números:

Em 2002, ano que Lula tomou posse para seu primeiro mandato como presidente da República a Dívida Externa (D.E.) era de R$ 212 bilhões e a Dívida Interna (D.I.) de R$640 bilhões. O total da divida brasileira somando a D.I. com a D.E era de R$ 852 bilhões.

Em 2008 quando anunciou o pagamento da D.E. a D.I subiu para R$1,4 trilhão e a externa  ficou zerada.

Bem, então Lula realmente pagou a Divida Externa. Certo?

Não, isso é só meia verdade.
O que o Governo fez foi pagar  US$ 15,5 bilhões que ainda devia ao FMI (e somente à ele). Para tanto o Governo fez diversas operações no mercado financeiro para conseguir recursos em troca da dívida brasileira. Foram captados US$ 4,49 bilhões em títulos da divida brasileira no exterior, o Governo trocou C-Bonds por A-Bonds no valor de US$4,4 bilhões e antecipou o lançamento de US$3,5 bilhões em títulos da dívida externa que estavam programados para o ano de 2009, ou seja, o que  o Governo fez foi o seguinte: Trocou a divida externa pela qual pagava juros em torno de 4% ao ano pela divida interna pela qual passou a pagar entre 8% e 12,75% ao ano.

Ocorre, porém, que com a crise econômica mundial o Brasil precisou buscar dinheiro para investimentos e segundo informação da Folha de São Paulo datada de 11/05/2013 a divida externa brasileira hoje está em R$318 bilhões.

 Maior que a divida que supostamente fora paga em 2008.



Lembrando que a quitação á qual o Governo se referia, era somente dos débitos com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e não a dívida referente aos títulos emitidos no exterior que estavam em posse de outros credores.

Ou seja, ao invés de quitar a divida, no governo Lula esta aumentou mais de R$ 1 trilhão.

É daí que vem o dinheiro que os governos petistas estão gastando com a infinidade de bolsas sociais que garantem votos nos pleitos eleitorais (Bolsa família, escola, educação, faculdades, cultura etc.,) além das bolsas de suas amantes, esposas e concubinas.

Na verdade esta dinheirama toda que deveria vir dos impostos proporcionados por um real crescimento econômico vem de um real ENDIVIDAMENTO.

Um dia esta conta vai ter de ser paga.


E como perguntava meu amigo Lobão: “quem é que vai pagar por isso”?

Alguém tem dúvidas?